quarta-feira, 20 de agosto de 2014

MÁRTIR

Gostaria de falar-lhe frases perfeitas,
dessas além dos meus domínios,
que ninguém conheça
nem mesmo eu.

Falar do inusitado,
de fatos além do meu rompante,
dessas frases indutivas.

Queria escancarar tantas coisas e,
dizer-lhe o inaudito,
esquecer o pudor.

Mas vou calar-me,
como tolo, um mártir
do amor errante.

Geraldo Gama

sábado, 16 de agosto de 2014

MINHA INFANCIA


MINHA INFÂNCIA

Bons tempos os de minha infância,
quando sonhar não tinha limites,
apenas intervalos.
Bons tempos os de minha infância,
quando amar era inebriante,
não essa insídia armada pelo coração.
Bons tempos os  de minha infância,
tempos de ufanismo juvenil,
quando a ingenuidade permitia crê nos sonhos
                                                     (Impossíveis).
Ah! Tempos idos de minha infância.

Geraldo Gama

MEU POEMA

MEU POEMA

Meu poema é assim:
Simples, impassível,
tem cheiro de cio,
gosto de mel.
Meu poema é acalanto,
do nada nasce,
vive em silêncio,
e desfalece.
O meu poema,
é a cura do peito ardente,
da dor que dura.
O meu poema,
é assim:
Incipiente.

Geraldo Gama